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12 junho 2006

11 de junho de 2006, domingo, lua cheia 

ele olhou de pé no camarote, como teria de ser, olhou pra a lua cheia se pondo por trás igreja da madre de deus. percebeu: era o momento certo pra ir embora. como se a lua cheia chamasse ele pra ir dormir. como a namorada que chama pra ir embora, e você não consegue resistir ao encanto que sente por ela, e vai.

satisfeito e refestelado da noite, ele segue a lua cheia atravessando ilhas e continentes, sempre conversando com ela. na maioria das vezes está sozinho nessas jornadas, já que são poucos os notívagos que sabem da hora certa pra ir embora. mas não se sente só, já que tem a lua cheia ao seu lado, como a namorada que vem conversando no carro antes de chegar em casa. e isso já basta pra ele.

chegado então ao quarto, a lua cheia entra pela janela, e começa a fazer seu show para ele, voyeur dela. mudando o céu de cor, a cada momento que passa, ela impressiona ele pela sua forma, pelo espetáculo visual que ela é. como sempre foi. como se fosse aquela namorada, deitam-se abraçados, e agora, sob a luz mais apropriada possível, iniciarão um ritual de congraçamento entre duas almas irmãs.

07 junho 2006

12 de junho, uma semana antes 

nosso namoro era massa: ela linda, gata mesmo, gostosa, carinhosa, morava numa casa muito legal, num lugar muito bonito, não existiam entre a gente aquelas picuinhas tão normais entre a maioria dos casais, vivíamos aos abraços e beijos e sorrisos, o clima era sempre tão bom. era sempre a maior curtição ver aquela mulher, conversar com ela, e sentir que ela me passava tudo o que a vida tinha feito com ela, com a condição de que eu fizesse o mesmo, sempre. o cenário era tão bonito. a libido só poderia funcionar tão bem! e funcionava, claro!

tudo sempre certo, do jeito que a gente quer, sempre. só que um único defeito...

quando eu acordei, o namoro acabou...

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